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  1. Objetivo e metodologia
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  5. MATEUS 24:2
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  8. Mateus 24:3 | Textos complementares
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Transcrição da intervenção do autor 21/03/2021

Sala Progresso
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MT 24:1 A estrutura do Ser
Autor 1  Data da reunião: 21/ 03/ 2021
https://portalser.org/a/21-03-2021-a-estrutura-do-templo-video-01/
Temas abordados: dificuldade em manifestar o perdão; esforços insignificantes; metáfora da porta; virtudes; perdão; esquecimento; julgamentos; amor de Deus; empatia; ferramentas do raciocínio para prática do perdão; Jesus modelo para nossas virtudes; autoperdão; humildade; arrependimento; culpa; aceitação; inexperiência moral; autoconhecimento; vontade; desejos; ações, motivações e esforços insignificantes para modificação dos desejos; Carta aos Gálatas, 5; frutos do Espírito; estar na Terra para aprender e não pagar débitos; amparo; como somos medidos por Deus; ânimo e alegria na caminhada para Deus; evolução; Automatismo; sentimento contínuo; ressonância; automatismo do perdão; coragem do bem; Não existe universo apartado de nosso coração; templo; o não perdão; convívio com o indesejável; ciência da paz; paciência; fraternidade; caridade; avisos da consciência; indícios fisiológicos; tolerância e aceitação; dica para a prática do perdão; alegria como antídoto; a solicitude de Deus; graça divina; alimentação, fortificação e amor à bênção; circunstâncias desafiadoras; coragem cristã; chamado de Deus; prece.

 

00:44:46

COMENTÁRIO DO AUTOR: Em primeiro momento, agraciar os irmãos com as bênçãos que provêm de Deus. Então agradecer aos irmãos pela paciência que deverão ter, e que nos oferecem, e bastante empenho para colocarmos em prática este exercício metodológico que deve reger, deverá reger, se assim Deus abençoar as nossas confabulações através da mediunidade a partir de então.

Quanto aos comentários dos irmãos, riquíssimos em teor e em sentimento, temos apenas alguns apontamentos para, digamos, induzir a mais caminhos de reflexão. Quem sabe estruturando ideias novas sobre conceitos que já temos envelhecidos em nós?

Um deles é o dessa dificuldade em se manifestar o perdão. O perdão, como nenhuma outra aquisição do Espírito, pode ser considerado difícil, pois está posto na codificação, na questão 909, de O Livro dos Espíritos que para se mudar a direção de nossa maneira de agir, digamos assim – estou me apossando do texto e modificando-o com minhas palavras, mas os irmãos poderão conferir na codificação -, se desejamos modificar nossos hábitos, nossas atitudes e até mesmo os nossos gostos pessoais, as afinidades que nutrimos no campo material ou espiritual, é necessário um esforço muito insignificante.  Está posto na codificação e podemos, inclusive, consultar as traduções desde o original escrito em língua francesa pelo nosso codificador.

Pois bem, se este esforço precisa ser muito insignificante, ou seja, se ele não contém valor numérico que o deixe valorizado em nosso esforço, ele é quase nenhum! Portanto, coisa alguma é difícil ao Espírito. Então, gostaríamos de levar os irmãos a visualizar através de uma metáfora que colocaremos.

Digamos que os Espíritos precisam abrir portas porque atrás destas estão as virtudes que desejam. As portas no mundo material têm a característica de poderem ser abertas para um lado. Vamos imaginar as portas de abrir. Então pensemos: a porta para um lado fecha e para o outro ela se abre. Se empregarmos força muito grande na direção contrária, se empregarmos força na direção de fechar tentando abrir, vamos desperdiçar uma força muito grande e não conseguiremos o que desejamos. Mas, para abrir a porta, qualquer porta no plano material, se estiver destrancada, um pequeno, insignificante esforço na maçaneta na direção correta e ela se abre.

Assim são as virtudes. Se estamos fazendo muita força, muito esforço, provavelmente não estamos fazendo-os na direção correta. Então, não é que é difícil, é que ainda não encontramos a maneira correta de se fazer! E isso Jesus tem nos ensinado paulatinamente. O que precisamos é decodificar estas lições de Jesus para o nosso coração, porque a modificação do Espírito é fácil e de esforço insignificante, baseando-se na vontade empreendida.

Gostaríamos apenas não de corrigir os irmãos, mas de induzi-los a novos caminhos de raciocínio, pois dizer que tal ou qual a aquisição espiritual é difícil é manifestar-se contra a própria codificação e, diremos mais, contra toda a Bíblia Sagrada.

Acho que é proveitoso que os irmãos se manifestem.

PERGUNTA: Por que temos a sensação de que é difícil mudar? É difícil, em muitos casos, esquecermos, perdoarmos aqueles que nos feriram. Por que esta sensação tão grande que nós temos de que é difícil fazer como Cristo fez?

RESPOSTA: Vejamos que ainda estamos numa questão de conceituação. Voltemos à porta. Se tentarmos abrir a porta empurrando-a para a direção em que se fecha vamos achar muito difícil abri-la.

Quanto ao perdão, este não necessita de esquecimento, pois não se trata de condicionamento de estruturas de memória. Não é porque lembramos que não perdoamos, é como lembramos que nos faz perdoar ou não perdoar. Tirar a cota de sofrimento das situações e relegar a Deus a direção dos julgamentos é um bom passo para se conseguir perdoar.

Por exemplo, quando admitimos que também por vezes, e muitas vezes sem intenção, nós também nos equivocamos com nossos irmãos. Não porque desejamos feri-los mas, às vezes, porque não sabemos conduzir o nosso verbo, as nossas atitudes ou mesmo os nossos sentimentos, e os ferimos quando nós admitimos que podemos ser instrumento de dor para o próximo.

Mesmo não condicionados a intenções, já temos um campo de raciocínio para o perdão que pode penetrar depois um campo de sentimento. Podemos pensar: às vezes me equivoco também sem intenção. Portanto, Deus me perdoa sempre, Deus me ama sempre. Devo também raciocinar e construir essa estrutura para conseguir perdoar também o meu próximo que, como eu, às vezes não sabe se conduzir com as próprias atitudes e pensamentos, compreende?

A empatia é uma excelente ferramenta do raciocínio em torno do perdão. O sentimento evangelizado também torna o perdão automático. Quando reconhecemos em Jesus o modelo para nossas atitudes nós deixamos também a cargo Dele os nossos desafetos, as nossas angústias, as nossas feridas. Mas é claro, minha filha, que isso não se processará de um para outro minuto. Precisamos de uma caminhada. Não será uma caminhada eterna, mas será uma caminhada segura, uma caminhada em que nos proporcionaremos condições de experimentar esse perdão.

PERGUNTA: E quando cometi um erro e não consigo me perdoar? Movimento as telas do pensamento todas as vezes que recebo uma ação fraterna daqueles que feri, movimentando a minha memória aos pontos de tragédia que ocasionei para aquelas pessoas.

RESPOSTA: Vejamos que o autoperdão também é um aprendizado para o Espírito no qual ele deve se empenhar bastante, porque a necessidade de autoperdão é a necessidade da quebra de orgulho. Vejamos. O exercício de não se perdoar não tem vínculo algum com a humildade. A humildade trata-se de se saber onde está e para que está ali. E quem sabe onde está, sabe que também necessita de perdão. E como Deus nos perdoa sempre devemos imitá-lo com o nosso próximo e conosco.

Um bom exercício para isso é dar o julgamento a quem é de direito, pois não nos cabe julgar os outros, porém também não nos cabe a condição de julgar a nós mesmos. O arrependimento é uma força salutar que reergue o Espírito na direção da reparação de seus débitos para com a Lei, mas a culpa, meu filho, é uma conselheira que devemos dispensar. Devemos dizer para ela cada vez que ela visita o nosso coração: aqui, minha irmã, não tem lugar para ti. Aqui só tem lugar para o aconselhamento que Nosso Senhor Jesus Cristo nos deu. E Ele nos amou com a virtude que é Dele e não com a virtude que é nossa. O amor de Jesus é perfeito porque provém de sua virtude e não de nossas condições psíquicas ou espirituais.

Não importa o que façamos, não importa em que acreditemos, não importa como acreditamos que Deus age em nós. Nós seremos amados profundamente por Jesus e invariavelmente por Deus. E, nessa condição de amados por um amor que supera qualquer condição do Espírito, nós devemos ter a humildade de aceitar o perdão que vive em nós através de Deus.

Então nós devemos exercitar, nos encararmos e dizermos: eu aceito estar nas condições em que estou agora, ou seja, condições de inexperiência moral. Portanto, faço coisas ainda que julgo não serem adequadas, repito-as vez por outra, porque ainda não estou firme no aprendizado e aceito que sou assim ainda, que ainda estou encaminhada, porque quem se aceita exatamente como é não tem dificuldades de se perdoar.

00:58:15

PERGUNTA: Na questão 909 de O Livro dos Espíritos, lembro da vontade como o referencial para conseguirmos ir adiante sem esforços muito grandes. Com o autoconhecimento temos maior discernimento para entender essa vontade? Porque, a princípio, parece que temos vontade, mas ao mesmo tempo ela desaparece. O autoconhecimento nos faz aumentar a vontade?

RESPOSTA: Bem, na verdade, o autoconhecimento nos doutrina no conhecimento dessa vontade. Essa vontade é uma força que está presente na organização espiritual desde os seus primórdios, desde sua criação na simplicidade e ignorância já existe a vontade. Portanto, ela não é uma aquisição, mas um patrimônio. A aquisição é a aquisição da consciência que se dá também através do autoconhecimento, sem dúvidas.

O que muito nos tem confundido é que nós entendemos vontade e dizemos: a minha vontade está periclitando. Mas não é a vontade, o que está periclitando são os desejos. Voltemos ao nosso benfeitor Emmanuel que trabalha no livro Pensamento e Vida a mente com os seus departamentos. E ele nos informa muito sabiamente em sua metáfora de gabinetes que a vontade está na direção de todo esse empreendimento mental do Espírito desde os seus primórdios. E sob a direção da vontade nós temos vários departamentos, dentre eles os desejos. E os desejos, minha filha, são de confundir um pouco o Espírito, porque uma vez no mundo material, a impressão que se tem é que esses desejos todos se voltam ao mundo material. E é por isso que periclitam, que oscilam como uma chama em uma vela, pois hoje desejo uma coisa e amanhã desejo outra. E se meu humor modificar, desejo uma terceira coisa. E eu digo: não tenho vontade disso ou daquilo ou tenho muita vontade disso. Mas não estou falando de vontades, estou falando de desejos, de inclinações, de habilidades, de identificação do Espírito, porque tudo isso faz parte da vontade, dos desejos. E são esses desejos que podem ser modificados com ações e motivações e esforços muito insignificantes a partir da vontade.

Essa vontade pode nos reger e ela jamais oscila. O Espírito pode usar de toda a sua força na direção que bem desejar. O que acontece é que ele precisa saber desejar.

1:02:30

PERGUNTA: No parágrafo 9 do texto, o autor nos traz:

“No Lugar Santo, na menorah (ainda se olvidarmos a simbologia judaica de suas sete hastes), já podemos depreender os valores iluminativos, os quais devemos acender no íntimo. “

Por que essa simbologia e por que olvidar essa simbologia?

RESPOSTA: É que este trajeto está em textos posteriores e podemos dar aquilo que se chama de spoiler entre os encarnados. Não gostaríamos de tirar o gosto dos estudos, mas vou dar alguns materiais onde o irmão pode buscar algumas coisas.

Nas letras sagradas nós temos, por exemplo, em numeração diferente mas que podem ser muito bem adaptadas e, inclusive, são a fonte deste conhecimento. Paulo de Tarso nos fala dos frutos do Espírito. Isto, na Carta aos Gálatas, em seu capítulo quinto. Lá o irmão vai ler algumas coisas que vão deixar um pouco mais clara essas questões. Nos frutos do Espírito, Paulo de Tarso se refere a outra Menorah, a Menorah de nove hastes, mas, ainda assim, são valores que podem ser, digamos, colocados na Menorah  à qual nos referimos.

PERGUNTA: E Isaías?

RESPOSTA: É porque Paulo, em verdade, se atenta aos escritos de Isaías e oferece-lhes um clareamento. Mas também, se gostamos e nos deixamos dispostos a estudar também as letras do Velho Testamento, que busquemos Isaías para esclarecer também, com a Carta aos Gálatas.

01:05:21

PERGUNTA: Quando li esse texto, lembrei-me da mensagem fraterna de Auta de Souza, sobre o quanto nós já abandonamos o nosso altar interno. Tenho consciência de todos os meus erros, mas sempre tive muita vontade de corrigi-los e, graças a Deus, encontrei na doutrina uma maneira de fazer isso. Tenho essa vontade muito grande de sair daqui melhor do que entrei. Mas tem muitas coisas ainda, como você mesmo disse, em que confundimos a vontade com os desejos. A minha participação é de agradecimento por tudo que vocês têm nos trazido e de pedir para que a espiritualidade me forneça condições e mais textos para poder ir melhorando. Deus te abençoe.

RESPOSTA: Pedimos a irmã que também reflita conosco e com o animalzinho que late (havia um cachorro latindo no momento da comunicação), que a nossa trajetória na Terra não é uma operação monetária, meus filhos. Tenham isso em mente para não se desanimarem, porque se entendemos a Terra como uma instituição financeira da justiça divina, vamos entender assim: chegamos aqui cheios de débitos e precisamos saudá-los, porém adquirimos novos débitos e nos tornaremos escravos, escravos não remunerados, jamais agraciados com qualquer patrimônio de bondade, pois não merecemos. Não façamos isso, meus filhos! Ninguém está aqui para corrigir erros. Todos nós estamos aqui para aprender, para sermos conduzidos para os braços de Deus.

As virtudes que nos guiam em nossa trajetória evolutiva não são as nossas. Portanto, podemos ficar tranquilos, pois o Espírito jamais pára, mesmo que tenha essa, entre aspas, vontade de parar, que na verdade é um desejo ou um desânimo, que é a anulação do desejo. Nós não paramos porque estamos carregados por uma bondade e uma justiça que excede a nossa bondade e a nossa justiça.

Somos amparados e não fragiciados. Compreende, minha irmã? Tenha isso em mente. Deus não te mede por seus erros, Deus te mede com o imenso amor que provém Dele, com a virtude perfeita que provém Dele, de seu coração perfeito. Portanto, você não é medida como um Espírito imperfeito, você é medida no tempo de Deus. Você é medida na perfeição que Ele já criou e para Ele já existe e para a qual você caminha.

É essa você para Ele e essa você para Jesus, entende? Se não, vamos desanimar, vamos entender que estamos em um banco onde precisamos, como está na moda ser dito pelos espíritas, pagar promissórias. Ora, Jesus resgatou todas as nossas promissórias e as rasgou com o próprio sangue, com a própria carne. Não, não estou dizendo de doutrinas reformadas da Igreja! Não estou falando sobre isso porque ele não nos isentou da luta, mas ele rasgou nossas promissórias. Foi ele que disse. Ele disse: O amor cobre a multidão dos pecados. E esse amor ao qual ele se refere não é o nosso, é o Dele!

E certamente ele cobriu a nossa dívida, mas pede que tenhamos ânimo e alegria de caminhar para Deus entendendo que Deus nos ama, e o Pai que ama se corrige o filho, corrige com a severidade de seu amor e não de sua ira. O Senhor não se ira, compreende? Então esqueçamos essas expressões derrotistas! Tenho muitos erros a corrigir… Ora, tenho muito a aprender e o Senhor não se cansa de ensinar. Tenho muito a evoluir, mas até o Anjo tem muito a evoluir, desde o mineral nós teremos muito a evoluir para sempre, graças a Deus! Imagine que tédio chegar em algum lugar e não ter mais para onde ir. A perfeição absoluta é apenas o Senhor, nosso Deus, e encaminhamos para Ele, na relatividade da perfeição que nos cabe. E isso é importante sabermos para não decifrarmos erroneamente o amor de Deus para conosco. Não existem castigos, existem correções de rota.

PERGUNTA: No parágrafo 8 do texto, “Uma vez aprendido o perdão, lavamos os pés na água pura da bacia para prosseguirmos na automação desse processo.”  Automação não seria uma palavra que para nós indicaria algo mecânico? Entendendo que o processo evolutivo é contínuo e o Espírito predestinado a essa evolução e a essa perfeição que acabou de nos dizer, cada um a seu tempo, mas o termo não pode, talvez, dar a sensação de que é simplesmente um processo que vai acontecendo, sem intervenções do Espírito, sem intervenções do livre arbítrio?

RESPOSTA: Digamos que é uma interpretação errônea da palavra automação. Emmanuel uma vez nos esclareceu que a disciplina antecede a espontaneidade, porque nós temos os valores trocados. Nós acreditamos que evolução é espontaneidade, porém essa espontaneidade precisa de bases sólidas. 

Nós temos automatismos no corpo físico, no corpo biológico, que nos dizem de evolução material. Por exemplo, os automatismos da respiração, da digestão, os automatismos diversos do corpo físico falam de uma evolução biofísica, digamos assim, pois os organismos inferiores não possuem tais automatismos regidos pelo organismo cerebral. Esse automatismo do qual estamos falando é exatamente esse contínuo do qual a irmã está falando. 

Por exemplo, nós temos o pensamento contínuo. Nós temos no vegetal a sensibilidade contínua, que se torna o pensamento contínuo mais tarde no homem, que um dia foi o magnetismo contínuo, e um dia será o sentimento contínuo. A liberdade do homem é o exercício dessa continuidade dos bons pensamentos.

Vamos deixar para a irmã um questionamento que há de suscitar raciocínios contraditórios que, em evoluindo, se o Espírito terá ele mais arbítrio, minha irmã. O que você acha? Nós estamos realmente questionando, se responder errado não vai para o umbral.

COMENTÁRIO DO PARTICIPANTE: Ah, que ótimo! Eu fico feliz!

COMENTÁRIO DO AUTOR: Pode respirar aliviada!

COMENTÁRIO DE PARTICIPANTE: Eu estava com um grupo estudando ultimamente as leis, no Livro dos Espíritos. Estávamos discutindo também a questão do livre arbítrio e aí discutimos a seguinte questão: com a evolução do Espírito e com a consciência das Leis de Deus no Espírito, a gente entra num estado de, vamos dizer, naturalidade de ações, a partir do entendimento e da introspecção dessas Leis. Então eu não tenho mais que pensar nelas para agir de acordo com elas. Elas estão em mim e eu sou parte delas. Então, o meu livre arbítrio, ele fica…, vamos dizer, …

COMENTÁRIO DO AUTOR: Automático! Vejamos então, minha filha, nós não podemos conceber, por exemplo, que em alguma questão moral Jesus pense: Será que eu devo ou não devo? Imagine se perante a cruz ele dissesse: Será que eu devo subir a cruz por estes ou será que não devo? Como devo fazer? Não houve arbítrio. O Senhor já tem decisões automáticas no bem. É este tipo de automatismo que estamos falando! É o automatismo da naturalidade com a questão, da ressonância com a questão. É porque nos faltam condições de verbalização humana para tratar do assunto. Mas pense: quando ressonamos com alguma coisa, por exemplo, na música, quando tocamos a corda de um violão perto de outro violão afinado no mesmo tom. A corda que tocamos vai ressoar automaticamente no outro, ainda que ele não queira, percebe?

Então, quando criamos afinidades com o bem, o bem ressoará de Deus e em nós Ele será tocado automaticamente, sem que possamos interferir com questões. Então, o Espírito pleno está de posse da liberdade de ser bom e não do arbítrio. O livre arbítrio é cancelado. Ele já não precisa mais dele, não precisa mais decidir se vai fazer o bem ou não. Este bem flui naturalmente. E por que é natural? Porque ressonou de Deus. Deus tocou a corda do bem, como toca em toda eternidade, e essa corda condicionou-nos a ressoar com ela. Compreende, minha filha? É neste sentido que falamos do automatismo do perdão.

Se formos até Jesus e dissermos: Senhor, nos perdoe! Ou, pessoalmente dissermos: por favor, Senhor, me perdoe! Certamente Ele nos irá dizer: Não posso, meu filho! Vamos entender que seja o meu caso e eu diga: Jesus, me perdoe! Eu tenho certeza que Ele me dirá: Meu caro irmão, não posso te perdoar, não me sinto ofendido em absolutamente nada de qualquer coisa que tenha feito!

E é por isso que ele pede perdão aos céus, veja bem, àqueles que o colocaram na cruz. Ele não precisou oferecer o próprio perdão porque já é automático. Compreende, minha filha?

01:20:10

PERGUNTA: No parágrafo 6 do texto, “Se fizermos uma analogia entre as divisões do templo e a chamada escala espírita , podemos representar o Pátio dos Gentios como a terceira ordem, “dos Espíritos imperfeitos”. Nela, ainda estamos circunscritos ao comércio emocional, psíquico ou racional das cousas espirituais. Na maioria das vezes, confinados à neutralidade […]”.

A neutralidade seria a lei do menor esforço que muitas vezes tendemos a não fazer o mal, mas também não fazer o bem?

RESPOSTA: Exatamente. A Codificação nos informa que existe a classe dos Espíritos neutros, que não atuam tanto no bem como no mal. Não são maus, mas também não se posicionam para o bem. E para sairmos da terceira classe dos Espíritos precisamos tomar posicionamento, ou seja, termos a coragem do bem. E mentor, minha filha, somente Jesus.

01:21:52

COMENTÁRIO DE PARTICIPANTE: Trouxe um versículo que espero que não ficar fora de contexto. A Primeira Carta aos Coríntios, 6:19-20, retoma dois temas que foram tratados na conversa e achei interessante.  Identificaremos facilmente:  “não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está em vós e que recebestes de Deus, e que, portanto, não pertenceis a vós mesmos?   Alguém pagou alto preço pelo vosso resgate. Glorificai, portanto, a Deus em vosso corpo.”

RESPOSTA: Perfeito, meu filho. Ainda bem que não adiaste mais um tempinho a interferência. Só gostaria de retomar uma fala nos inícios dos comentários quando as pessoas disseram, os irmãos, com grande alcance psicológico, disseram: “Lancemos ao universo o nosso perdão.” Só gostaríamos de interferir um pouco para que os irmãos pensassem que não existe um universo apartado de vossos corações.

Desde o início é disso que estamos falando, do templo que somos perfeitamente estabelecidos para a adoração. Em primeiro lugar é o templo onde aprenderemos a adorar a divindade, mas é o templo também de adoração, onde toda a criação também aprende a adorar a divindade em nós. Portanto o texto de nosso campeão do Evangelho está, digamos, alegremente em comunhão com o que estamos estudando.

01:24:10

PERGUNTA: Minha pergunta é sobre o perdão como um dos quesitos necessários para podermos lavar os pés ou limpar os nossos sentimentos. Sinto uma grande dificuldade quando olho para Jesus. Sabemos que Ele frequentou a mesma tenda com os irmãos com quem convivia e que, muitas vezes, gostariam de Lhe causar danos.

Quando temos a intenção de trabalhar o perdão em nós, evitar o convívio com algumas pessoas onde sentimos que o mal ainda pode nos gerar sentimentos de mágoa seria um não perdão? Seria uma conduta adequada ou intermediária? Como é visto pela espiritualidade esse posicionamento de mantermos distanciamento? Teríamos que aprender a conviver mesmo assim?

RESPOSTA: Vejamos, meus filhos, que Deus tem uma imensa paciência para com todos nós. A perfeita paciência. E a paciência é a ciência da paz.

Jesus conviveu com os seus algozes e com aqueles que o feriram porque tinha plena consciência de que não podia ser ferido ou mesmo molestado por nenhum deles. Essa consciência nós vamos adquirindo com os tempos que se vão passando sobre nossos pés.  Quando convivemos com aqueles que nos maltratam e não temos essa segurança, ou seja, nossas cordas íntimas ainda ressonam com a interferência de nossos irmãos, é importante que consideremos que o tempo é uma ferramenta necessária para se estabelecer a paz e a paciência, digamos assim. Precisamos ter a ciência da paz também para conosco. E não devemos também oferecer situações para nossos irmãos agravarem os próprios débitos, porque isso também é fraternidade!  

Digamos que precisamos, sim, nos unir àqueles que nos maltratam. Mas essa união, essa proximidade, não tem nada a ver com o físico. O que nós precisamos é de espaço em nós para estabelecer um roteiro de paz, de ciência da paz, para com estes que hoje nos vergastam os ânimos, perdoando-os em nome de Jesus.

Devemos colocar estes débitos à conta do Senhor, pedir-lhe encarecidamente que os leve por nós, não guardando assim sentimentos negativos ou sentimentos marcados de pensamentos equivocados por nossos irmãos. Na Codificação, Kardec nos deixa bem claro que o amor que devemos aos nossos inimigos não pode se equiparar ao amor que damos gratuitamente aos nossos amigos.

Nestas estações em que nos encontramos devemos ter clareza disso até para desenvolver este amor, até para que um dia nossos inimigos se tornem amigos, mas precisamos ter paciência para com eles. Isso também é caridade. Não podemos exigir deles simpatia para conosco imediatamente. E devemos também essa preservação de nossa mentalidade para não tropeçarmos em nossos deveres cristãos.

É alguma coisa, meu filho, muito difícil de ser medido por fora. Cada Espírito deverá medir isso por dentro, porque contém dentro de si um sinalizador perfeito. Se a distância for a melhor opção, a consciência vai avisar, vai estar em paz. Se não for a melhor opção, a consciência com os seus aguilhões dirá: agora não é adequado, aproxime-se.

Nós temos um sinalizador perfeito, uma comunicação direta com as Leis divinas dentro de nós. A consciência está diretamente ligada ao nosso coração e oferece avisos. Se estamos ainda necessitando exercitar esse perdão, teremos reações físicas que nos informarão, teremos indícios fisiológicos que nos informarão que precisamos trabalhar esse perdão. Por exemplo, se ao nos aproximarmos daqueles que nos feriram o nosso coração oferece uma velocidade acima do normal para nossa circulação, ativando as nossas suprarrenais que descarregam nessa circulação a adrenalina, comprometendo, por exemplo, o calor de nossas mãos e pés, as extremidades que se esfriam e o rosto que fica vermelho, a respiração que se torna inadequada para a paz. Isso tudo são sinais! É o nosso corpo dizendo: preciso que você perdoe para que eu chegue a um equilíbrio! E isso é um trabalho íntimo, não necessariamente no primeiro momento é um trabalho com aqueles que nos feriram. Aí sim, apaziguado o equipamento físico, educada a composição biológica, chegamos perto daqueles que nos machucaram e não mais a sudorese nos invade a fronte, não mais o coração se precipita em angústia, não mais temos os tremores característicos da circulação excitada pela adrenalina.

Quando conseguimos aplacar essa ira, estes sentimentos de raiva que são naturais – não a ira; a ira não é natural, mas a raiva sim, é – e se conseguimos educar o nosso organismo para dissolver esses mecanismos físicos, ou seja, estamos dando uma dica de por onde começar. Se nos educamos o suficiente para perceber esses mecanismos e trabalhar em nós esses mecanismos com a ciência da paz, ou seja, a paciência e, consequentemente, a tolerância, a aceitação, que são passos para além do perdão, nós teremos um caminho a ser trilhado que com empenho não necessariamente é um caminho longo, que demanda muito tempo, mas decerto demanda o esforço do Espírito.

01:33:05

FINALIZAÇÃO DO AUTOR

Estes ensinamentos foram aprendidos com Jesus, portanto direcionem a Ele a gratidão. Nós direcionamos, porque Dele provém toda a bênção, toda a glória que nos atinge a mando de Deus. A alegria, meus filhos, é um antídoto para as doenças do corpo, é uma vacina para as problemáticas do corpo e uma vacina para as problemáticas da alma. Que tenhamos em mente que de Deus sempre parte aquilo que é melhor para todos nós. E se nós ainda não conseguimos enxergar assim, basta tirarmos os óculos, alimparmos suas lentes e compreendermos nas circunstâncias essa face de Graça Divina. Pedro nos informa que a graça divina é multiforme. Ela assume variações ao infinito para nos atingir o coração. A mensagem que trazemos não é nossa. Nos apossamos dela porque entendemos nela um curativo para todos nós nestes tempos tão difíceis para a saúde na Terra.

Foi dito que as desesperações trazem ao colo as bênçãos de Deus. Mas, se miramos a fácie estertorante destas desesperações, dessas angústias, destas circunstâncias desafiadoras, não poderemos enxergar a criança nasciturna que traz para nos entregar, que é a bênção. Porque a bênção é uma criança nasciturna. Precisa que nós a alimentemos, que nós a fortifiquemos e que nós a amemos com todo o nosso ser, para vêmo-la crescer e se fortificar em nossas vidas. Sendo assim, meus irmãos, de todo o nosso coração e do coração de toda a equipe, nós desejamos que os irmãos possam enxergar nestas circunstâncias desafiadoras as bênçãos que elas trazem nas mãos para cada um de nós.

E façam isso com cânticos de alegrias infinitas. Alegrias que Jesus evocou aos nossos corações. A alegria da coragem cristã que admite que nada nos pode derrotar, que nada nos pode parar no caminho para Deus, que admite que o Senhor está em busca de nós da mesma maneira que estamos em busca Dele. Mas Ele está em busca por dentro. Ele nos chama e nos aninha por dentro de nós mesmos. Ouçamos esse chamado e estejamos em paz no Senhor e com o Senhor para todo o sempre. Que assim seja.

PRECE DO AUTOR

O autor faz uma prece para um participante do estudo que estava com Covid, internado em um hospital.

Meu caro André, em nome de Jesus, eu evoco o André que já existe para Deus e é perfeito em todas as suas organizações sejam elas psíquicas, mentais, fisiológicas. E é este André que eu evoco do futuro para o presente. O presente que é uma ilusão nossa e não o tempo de Deus, para que fortifique a região pulmonar e nela faça a transferência da perfeição futura para as células do presente. Eu também evoco a alegria do André que já é de Deus e que foi criado por Deus para essas células pulmonares. E elas se fortificarão nesta alegria e serão plenas de felicidade, além das alegrias. Que assim seja, meu filho.

 

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