“Amados, enquanto estava todo empenhado em escrever-vos a respeito da nossa salvação comum, tive de fazê-lo por uma razão especial, para exortar-vos a combaterdes pela fé, uma vez por todas confiada aos santos.”
(Judas 1:3)
Exortados a batalhar
O Cristianismo é campo imenso de vida espiritual, a que o trabalhador é chamado para a sublime renovação.
O sedento encontra nele as fontes da “água viva”, o faminto, os celeiros do “eterno pão”. Os cegos de entendimento nele recebem a visão do caminho; os leprosos da alma, o alívio e a cura.
Todos os viajores da vida, porém, são felicitados pelos recursos indispensáveis à jornada terrestre, com a finalidade de se erguerem, de fato, naquele que é a Luz dos Séculos. Desde então, restaurados em suas energias espirituais, são exortados a batalhar na grande causa do bem.
Ninguém se engane, pois, na oficina generosa e ativa da fé.
No serviço cristão, lembre-se cada aprendiz de que não foi chamado a repousar, mas à peleja árdua, em que a demonstração do esforço individual é imperativo divino.
Jesus iniciou, no círculo das inteligências encarnadas, o maior movimento de libertação do espírito humano, no primeiro dia da Manjedoura.
Não se equivoquem, pois, os que buscam o Mestre dos mestres…
Receberão, certamente, a esperada iluminação, o consolo edificante e o ensinamento eficaz, mas penetrarão a linha de batalha, em que lhes constitui obrigação o combate permanente pela vitória do amor e da verdade, na Terra, por meio de ásperos testemunhos, porque todos nós, encarnados e desencarnados, oscilantes ainda entre a animalidade e a espiritualidade, entre o vale do homem e a culminância do Cristo, estamos constrangidos a batalhar até o definitivo triunfo sobre nós mesmos pela posse da Vida imortal.
(Vinha de luz. Ed. FEB. Cap. 49)
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Comentário de Haroldo Dutra Dias:
A Carta de Judas Tadeu, irmão de Levi (Mateus) e Tiago Menor, filhos de Alfeu e Cleofas, parenta de Maria de Nazaré, constitui uma enérgica exortação contra as seduções dos pseudo-sábios, ímpios e licenciosos, denominados pelo apóstolo como “psíquicos que não possuem o Espírito“, revelando a falácia da falsa espiritualidade que apregoam.
Emmanuel afirma que “Jesus iniciou, no círculo das inteligências encarnadas, o maior movimento de libertação do espírito humano, no primeiro dia da manjedoura”
Chamados à renovação pessoal no imenso campo de vida espiritual proposto pelo Evangelho, todos recebemos os recursos indispensáveis ao
soerguimento, alívio e cura para nossas almas, mas tudo com a finalidade de demonstrar o esforço individual que revele o aproveitamento das dádivas.
Assim, após a iluminação, o consolo edificante e o ensinamento eficaz surge a ocasião dos ásperos testemunhos nos quais o discípulo ingressará nas linhas de batalha que constituem o combate permanente pela vitória do amor e da verdade na Terra.
Não se trata de peleja contra os semelhantes, mas de triunfo sobre nós mesmos, já que ainda oscilamos entre a animalidade e a espiritualidade.
Entre o vale do homem e a culminância do Cristo, desdobra-se imenso campo de luta interior pela posse do autodomínio e da Vida Imortal.
Ficha técnica
Produção: SER
Direção: Julio Coradi
Projeto: 7 Minutos com Emmanuel – cap 080
Gravação e Comentário: Haroldo D. Dias
Música: Ao Cair da Tarde
Autoria: João Cabete
Interprete: João Paulo Lanini
Edição: Rodrigo Binhara
Design: Rodolfo Mello
Foto: Helder Canto Resende
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