“Acautelai-vos, para não perderdes o fruto de nossos trabalhos, mas, ao contrário, receber pela recompensa”
(II João 1:8)
Zelo próprio
A natureza física, não obstante a deficiência de suas expressões em face da grandeza espiritual da vida, fornece vasto repositório de lições alusivas ao zelo próprio.
A fim de que o Espírito receba o sagrado ensejo de aprender na Terra, receberá um corpo equivalente a verdadeiro santuário. Os órgãos e os sentidos são as suas potências; mas semelhante tabernáculo não se ergueria sem as dedicações maternas e, quando a criatura toma conta de si, gastará grande percentagem de tempo na limpeza, conservação e defesa do templo de carne em que se manifesta. Precisará cuidar da epiderme, da boca, dos olhos, das mãos, dos ouvidos.
Que acontecerá se algum departamento do corpo for esquecido?
Excrescências e sujidades trarão veneno à vida.
Se o quadro fisiológico, passageiro e mortal, exige tudo isso, que não requer de nossa dedicação o Espírito com os seus valores eternos?
Se já recebeste alguma luz, desvela-te em não perdê-la.
Intensifica-a em ti.
Lava os teus pensamentos em esforço diário, nas fontes do Cristo; corrige os teus sentimentos, renova as aspirações, colocando-as na direção de mais Alto.
Não te cristalizes.
Movimenta-te no trabalho do zelo próprio, pois há “micróbios intangíveis” que podem atacar a alma e paralisá-la durante séculos.
(Caminho, verdade e vida. Ed. FEB. Cap. 120)
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Comentário de Haroldo Dutra Dias:
O que não requer de nossa dedicação o Espírito com seus valores eternos? Com essa indagação, Emmanuel nos desperta para a necessidade do zelo próprio.
Ninguém pode assistir a outrem, com eficiência, se não procurou a edificação de si mesmo, mas para aqueles que já receberam alguma luz, é preciso desvelo e vigilância para não perdê-la, nos recorda o benfeitor.
Purificar os pensamentos, corrigir os sentimentos, renovar as aspirações, evitar a cristalização, intensificar a própria luz, colocar-se em direção ao mais alto, constituem as medidas de higiene e zelo exigidas pela evolução para conservação e ampliação de nosso patrimônio espiritual.
Se o corpo físico, passageiro e mortal, exige tamanha dedicação para sua conservação, podemos imaginar as demandas de nosso espírito imortal.
Cautela e zelo, dedicação e perseverança constituem o roteiro daqueles que pretendem não somente participar da oportunidade bendita da sementeira, mas principalmente da dádiva da colheita.
Ficha técnica
Produção: SER
Direção: Julio Coradi
Projeto: 7 Minutos com Emmanuel – cap 076
Gravação e Comentário: Haroldo D. Dias
Música: Esta Canção
Interprete: João Cabete
Edição: Rodrigo Binhara
Design: Rodolfo Mello
Foto: Eleonora
Respostas
Maravilhos ensinamentos , agradecida sempre por todo trabalho de elucidação 🙏🥰
Gratidão, Paz e Bem, para que possamos beber dessa fonte que no reestrutura a cada dia, evitando que não desviemos do nosso caminho, do nosso propósito que é a prática do BEM.