A melhor medida
“Mas é preciso que a perseverança produza obra perfeita, a fim de serdes
perfeitos e íntegros sem nenhuma deficiência.”
Tiago 1:4
Mais que as doenças vulgares do corpo, sofres os problemas da alma, agravando-te a tensão, cada dia.
Mais que os micróbios patogênicos a te assaltarem os tecidos do instrumento físico, padeces a intromissão de agentes mentais inquietantes,
atormentando-te as fibras da alma.
Levantas-te, cada manhã, muita vez, com as lutas da véspera e, antes que se te rearmonizem as forças, cambaleias mentalmente ao impacto da
irritação de familiares incompreensivos…
Prestas longas explicações, a benefício da tranquilidade ambiente; contudo, mal terminas o arrazoado afetuoso, há quem te malsine a palavra,
complicando as questões em torno…
Movimentas correção e sinceridade, honrando os próprios deveres; todavia, quando te julgas a cavaleiro de toda a crítica, aparece alguém
arrastando-te o coração ao mercado da injúria…
Empenhas carinho e abnegação no cultivo do amor ao lado de alguém; contudo, quando te crês em segurança no caminho do entendimento, observas que a ingratidão te envenena os melhores gestos…
Entretanto, há frente de toda dificuldade não te lastimes, nem desfaleças…
Para toda a perturbação, a paciência é a melhor medida.
Não profiras qualquer palavra de que te possas arrepender.
Silencia e abençoa sempre, porque, amanhã, quantos hoje se precipitam na sombra voltarão novamente à luz.
Esquecido, usa a paciência e ajuda sem exigir.
Insultado, recorre à paciência e esquece o mal.
Em todas as dores, arrima-te à paciência.
Em todo o embaraço, espera com paciência.
Todo progresso humano surge da Paciência Divina. Conserva-te, pois, na força da paciência e, onde estejas, farás sempre o melhor.
***
Comentário de Haroldo Dutra Dias sobre o capítulo
Voltando ao mesmo versículo do episódio anterior (episódio 48), Emmanuel retoma aquela palavra-chave sobre a qual todo o texto é construído – “hupomoné“. Esse vocábulo, repetimos, pertence ao campo semântico das atitudes e emoções que expressam paciência, persistência, perseverança e resiliência.
Salientando a Paciência Divina como alicerce de todo o progresso humano, nos conclama a exercê-la em nossas relações com o próximo, conscientes de que todos que se precipitam na sombra voltarão novamente à luz.
Somente o bem é eterno. Toda imperfeição se converterá em dons divinos, com o auxílio do tempo, das lutas regeneradoras e da Paciência Divina.
O progresso humano se efetua com o concurso e a direção da providência divina, sábia e amorosa, que dispensa os recursos educativos adequados às nossas necessidades de aprimoramento espiritual.
Cumpre-nos a vigilância com relação aos “agentes mentais inquietantes” que atormentam as fibras de nossa alma, e são mais destruidores que as doenças do corpo.
Na força da paciência, venceremos a perturbação, o insulto, o abandono, a ingratidão, a solidão, o desânimo e as dores do caminho, oferecendo o melhor de nós, na certeza de que “com a medida que medirmos seremos medidos”.
***
Produção: SER
Tecnico de Gravação: Júlio Corradi
Voz: Haroldo Dutra Dias
Finalização: Júlio Corradi
Livro: Palavras de Vida Eterna, Cap. 67
Revista: Reformador/Dez-1959, p. 276
Versículo: Tiago, capítulo 1, versículo 4
Sete Minutos com Emmanuel – Episódio 49 – Carta de Tiago, capítulo 1, versículo 4, comentário da Revista Reformador/Dez-1959, p. 276, e do Livro Palavras de Vida Eterna, Cap. 67, intitulado: A Melhor Medida – LEITURA DO VERSÍCULO: Mas é preciso que a perseverança produza obra perfeita, a fim de serdes perfeitos e íntegros sem nenhuma deficiência (Tg 1:4)
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