Tornai-vos praticantes da Palavra e não simples ouvintes, enganando-vos avós mesmos!
Tiago 1:22
Falsos discursos
Nunca é demasiado comentar a importância e o caráter sagrado da palavra.
O próprio Evangelho assevera que no princípio era o Verbo, e quem examine atentamente a posição atual do mundo reconhecerá que todas as situações difíceis se originam do poder verbalista mal aplicado.
Falsos discursos enganaram indivíduos, famílias e nações. Acreditaram alguns em promessas vãs, outros em teorias falaciosas, outros, ainda, em perspectivas de liberdade sem obrigações. E raças, agrupamentos e criaturas, identificando a ilusão, atritam-se, mutuamente, procurando a paternidade das culpas.
Muito sangue e muita lágrima tem custado a criação do verbo humano. Impossível, por agora, computar esse preço doloroso ou determinar quanto tempo se fará necessário ao resgate preciso.
No turbilhão de lutas, todavia, o amigo do Cristo pode valer-se do tesouro
evangélico, em proveito de sua esfera individual.
Cumprir a palavra do Mestre em nós é o programa divino. Sem a execução desse plano de salvação, os demais serviços sob nossa responsabilidade constituirão sublimada teologia, raciocínios brilhantes, magnífica literatura, muita admiração e respeito do campo inferior do mundo, mas nunca a realização necessária.
Eis o motivo pelo qual é sempre perigoso estacionar, no caminho, a ouvir quem foge à realidade de nossos deveres.
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Comentário de Haroldo Dutra Dias:
Comentando o mesmo versículo do episódio anterior, Emmanuel enaltece os poderes do verbo, como instrumento de expressão do pensamento, todavia salienta a necessidade de purificá-lo nas fontes vivas do amor, que vertem do coração, compreendendo que a luz do Evangelho redivivo nos convida sempre a entender e auxiliar.
Por esta razão afirma: “Jesus permanece em imagens, cartazes, bandeiras, medalhas, adornos, cânticos, poemas, narrativas, discursos, sermões, estudos e contendas, mas isso é muito pouco se lhe não possuímos o ensinamento vivo, na consciência e no coração” (Fonte Viva, Cap. 170).
O conhecimento do Evangelho é sol na alma. Sua luz se dirige à atmosfera interior da criatura, renovando seus valores mais íntimos e impulsionando a mentalidade do mundo para uma esfera superior.
“Compreendendo a responsabilidade de que somos investidos, esposando a Boa Nova por ninho de nossos sentimentos e pensamentos, busquemos exteriorizar a flama renovadora que nos clareia por dentro, a fim de que a fé não seja uma palavra inoperante em nossas manifestações” (Abrigo, Cap. 7).
Nosso programa divino, prioritário e urgente, é cumprir a palavra do Mestre em nós mesmos, antes de ingressarmos nos demais serviços sob nossa responsabilidade.
A advertência do Benfeitor nos faz lembrar que enquanto alimentamos o mal em nossos pensamentos, palavras e ações, estamos sob os choques de retorno de nossas próprias criações, dentro da vida.
Produção: SER
Projeto: 7 Minutos com Emmanuel – cap 061
Gravação e Comentário: Haroldo D. Dias
Música: Alma das Andorinhas – João Cabete
Interprete: João Paulo Lanini – Violão
Edição: Júlio Corradi
Design: Júlio Corradi
Foto: Thiago Franklim
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