7 Min com Emmanuel: #057 – Em Torno da Humildade

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“Todo dom precioso e toda dádiva perfeita vêm do alto e desce do Pai das luzes, no qual não há mudança nem sombra de variação.” Tiago 1:17

Em Torno da Humildade

Afinal, que possuímos que não devemos a Deus?
A própria vida de que dispomos se reveste de tanta grandeza e de tanta complexidade, que só a loucura ou a ignorância não reconhecem a divina Sabedoria em seus fundamentos.
Para a consideração disso, basta que o homem reflita no usufruto inegável de que se vale na mobilização dos bens que o felicitam no mundo.
O corpo que lhe serve de transitória moradia é uma doação dos Poderes superiores, por intermédio do santuário genético das criaturas.
Os familiares se lhe erigem como sendo apoios de empréstimo.
A inteligência se lhe condiciona a determinados fatores de expressão.
O ar que respira é patrimônio de todos.
As conquistas da ciência, sobre as quais baseia o progresso, são realizações corretas, mas provisórias, porquanto se ampliam consideravelmente, de século para século.
Os seus elementos de trabalho são alteráveis de tempo a tempo.
A saúde física é uma dádiva em regime de comodato.
A fortuna é um depósito a título precário.
A autoridade é uma delegação de competência, obviamente transferível.
Os amigos são mutáveis, na troca incessante de posições, pela qual são frequentemente chamados a prestação de serviço, segundo os ditames que os princípios de aperfeiçoamento ou de evolução lhes indiquem.
Os próprios adversários, a quem devemos preciosos avisos, são substituídos periodicamente.
Os mais queridos objetos de uso pessoal passam de mão em mão.
Em qualquer plano ou condição de existência, estamos subordinados à lei da renovação. À vista disso, sempre que nos vejamos inclinados a envaidecernos por alguma coisa, recordemos que nos achamos inelutavelmente ligados à Vida de Deus que, a benefício de nossa própria vida, ainda hoje tudo pode rearticular, refundir, refazer ou modificar.
(Ceifa de luz. Ed. FEB. Cap. 17)

***

Comentário de Haroldo Dutra Dias sobre o capítulo

Voltando ao mesmo versículo do episódio 56, Emmanuel nos brinda com preciosa reflexão em torno da humildade, salientando a grandeza e a complexidade da vida como traços da Sabedoria Divina, cujo poder ilimitado erigiu a criação infinita nas bases da ordem, da harmonia, da beleza do equilíbrio e da interdependência.

A humildade, “reconhecimento de nossa pequenez diante do Universo”, não é servidão. “É, sobretudo, independência, liberdade interior que nasce das profundezas do espírito, apoiando-lhe a permanente renovação para o bem” (Pensamento e Vida, Cap. 24).

“Sem o reflexo da humildade, atributo de Deus no reino do “eu”, a criatura sente-se proprietária exclusiva dos bens que a cercam, despreocupada da sua condição real de espírito em trânsito nos carreiros evolutivos e, apropriando-se da existência em sentido particularista, converte a própria alma em cidadela de ilusão, dentro da qual se recusa ao contato com as realidades fundamentais da vida” (Pensamento e Vida, Cap. 24).

Talvez, por essa razão, tenha o benfeitor enfatizado nossa qualidade de usufrutuários do bens e dons de Deus, realçando que a vida, o corpo, a saúde, a fortuna, a autoridade, as conquistas, a família, os amigos e até mesmo nossos adversários são dádivas temporárias em nossa jornada, subordinados à lei de renovação que nos preside os destinos.

Os bens e conquistas são substituídos e transferidos periodicamente, ao passo que os afetos e desafetos estão sujeitos à incessante troca de posições, segundo os princípios de aperfeiçoamento e evolução que operam em nossas vidas, promovendo permanentes vinculações e desvinculações entre as criaturas.

“À vista disso, sempre que nos vejamos inclinados a envaidecer-nos por alguma coisa, recordemos que nos achamos inelutavelmente ligados à Vida de Deus que, a benefício de nossa própria vida, ainda hoje tudo pode rearticular, refundir, refazer ou modificar”

A Bondade Celeste colocou a humildade por base de todo o equilíbrio da Natureza. “A humildade é o ingrediente indefinível e oculto sem o qual o pão da vida amarga invariavelmente na boca” (Reformador, Junho de 1959, p. 140, mensagem Humildade de Espírito).

Produção:  SER

Edição:  Júlio Corradi

Voz e Comentários:  Haroldo Dutra Dias

Livro: Ceifa de luz, Cap. 17

Versículo:  Tiago, capítulo 1, versículo 17

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